Oi meus amores! Faz tempo que não resenho um livro pra vocês, eu sei, me desculpem foi mancada. Mas, vocês sabem, eu trabalho, e essa época do ano é sempre corrida. Mas, prometo que pelo menos uma vez por semana vai ter resenha pra vocês. OK? Vamos ao que interessa. A resenha de hoje é do livro: As Doze Tribos de Hattie - Ayana Mathis

“O que eu posso fazer? – Hattie olhou para a mulher através do vapor. – Por favor, diga-me o que fazer. A vizinha encontrou um tubo de vidro com bulbo de borracha na ponta; usou aquilo para puxar muco do nariz e da boca dos bebês. Ajoelhou-se na frente de Hattie, quase aos prantos. – Meu Deus, meu Senhor, nos ajude. A mulher sugava muco e rezava.”

Sinopse: Em 1923, aos quinze anos, Hattie Shepherd deixa a Geórgia para se estabelecer na Filadélfia, na esperança de uma vida melhor. Mas se casa com um homem que só lhe traz desgosto e observa indefesa quando seu casal de gêmeos sucumbe a uma doença que poderia ter sido evitada com alguns níqueis. Hattie dá à luz outras nove crianças, que cria com coragem e fervor, mas sem a ternura pela qual todos anseiam. Em lugar disso, assume o compromisso de preparar os filhos para as calamitosas dificuldades que certamente enfrentarão e de ensiná-los a encarar um mundo que não os amará nem será gentil. Contadas em doze diferentes narrativas, essas vidas formam a história da coragem monumental de uma mãe e da trajetória de uma família.




Título: As Doze Tribos de Hattie
Título Original: The Twelve Tribes of Hattie
Autor(a): Ayana Mathis
Editora: Vintage/Intrínseca
Avaliação:
Categoria: Drama/Romance

Resenha/Opinião: O livro fala de um período muito difícil para os negros nos Estados Unidos, um período sombrio, cheio de dor e tristeza. O modo como Ayana Mathis o descreve, a partir  das doze histórias contidas no livro, é minimalista, sensível e altamente descritível, apesar de contar as histórias particulares de cada filho ou neto e mesmo da própria Hattie. As doze histórias vão sendo contadas em diferentes décadas, e a gente vai notando como o mundo e as pessoas vão mudando, e como isso vai afetando os personagens. Esses, por sua vez, são pessoas totalmente diferentes, que levam vidas diferentes, e isso me cativa muito, a dor, o sofrimento, a luta pela sobrevivência, a morte e o amor que há entre eles, é fascinante. Vou confessar que alguns dos filhos da Hattie me deram raiva, as vezes você olha uma coisa, e não há vê realmente, fica obviu que a Hattie lutou muito pra criar os muitos filhos, e tudo praticamente sozinha, e dentro da realidade que ela vivia, vai se perdendo muito da ternura, do demonstrar carinho, quando tudo o que se recebe da vida são pancadas. Então sim, eu entendo muito a Hattie, mas entendo também os filhos dela, embora alguns tenham passado do limite. O livro é muito bom, retrata muito bem as histórias dos personagens e a situação do negro naquele tempo, porém há uma coisa que não me permitiu dar mais estrelas, apesar das histórias maravilhosas, elas não tem um final, ou pelo menos eu não entendi o final que a autora deu a cada uma, na minha mente as pontas ficaram soltas, e eu detesto isso, é frustrante. Apesar disso vale apena a leitura, conta muito a história do negro por diversos ângulos e caminhos diferentes.
  "As irmãs de Bell costumavam dizer que Bell tinha o temperamento de Hattie – reservada e de pavio curto. Nunca teve medo de ninguém como tinha medo da mãe, nunca se sentira tão furiosa com alguém e nunca desejara tanto que alguém a amasse quanto queria o amor de Hattie. Mas Hattie estava sempre tão distante, como uma praia se afastando à medida que o navio se distancia no mar.”

 E aí, gostaram? Já leram? Querem ler? Me contem!

XoXo